Acerca de mim

A minha foto
"Com pequenas variantes, era um dia como todos os outros, até que bateste levemente na porta e inundaste a minha sala com a água clara dos teus olhos e salvaste a minha vida com um filtro mágico do teu sorriso e acendeste o mundo com o outro da tua trança semidesfeita e disseste, venho saber no que posso ajudá-lo, o meu nome é Inês."

sábado, 28 de março de 2009

Pump up the jam

I don't want a place to stay
Get your boody on the floor tonight
Make my day
Make my day
Make my day
Make my day
Make my day
Yo!
Pump up the jam
Pump it up
While your feet are stompin'
And the jam is pumpin'
Look at here the crowd is jumpin'
Pump it up a little more
Get the party going on the dance floor
Seek us that's where the party's at
And you'll find out if you're too bad

Pelos Norton, muito bom, em : http://vimeo.com/3819415

FINALISTAS



Ai oh Susana, porque é que tu és assim? No fundo eu até curtia de ti, quiseste-te armar em put* e agora foi o fim!

LLÓLLÉ

sábado, 21 de março de 2009

além da dor

diziam que era o sonho mas para mim seria sempre a realidade inventada. sim, era mesmo ela que te trazia até mim, pelo escuro, ao luar, fazia da sombra um refúgio e nada mais haveria para contar. não estavas muito contente, este não era de todo o teu dia mais feliz, fazias um esforço terrível para sorrir, fingias assim uma alegria que não tinhas, numa imagem forçada, até me pareceu cínica. porém eu conheço-te, os nossos momentos já me levaram muito longe, a sítios muito distantes. olho-te nos olhos e esqueço esse sorriso, és muito mais do que mostras.
todas as manhãs tinhas aquele bom dia para mim, implacável. era o teu bom dia que me fazia sair da cama, mesmo que o dia não convidasse e os afazeres já me custassem a terminar, muito antes de ter começado. até mesmo nos dias em que não via o teu bom dia, seco e rápido, no ecrã riscado do telemóvel, eu era feliz, até mesmo nesses dias. suponho que o que nos ligue seja algo muito mais forte que uma rede de comunicação.
pois bem, nunca foi o sonho que te trouxe até mim, foi a força para sonhar, a força com que entregavas à vida e a tudo o que dela fizesse parte, era uma força imensa, se é que posso dizer - era uma força forte, consistente e, ainda hoje, tudo me diz que é eterna também.
"Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.", juntos passámos muitos cabos e sinto que acabámos com muitos fins do mundo, juntos inventámos um novo arco-íris, uma nova maneira de sorrir, de olhos fechados, de almas em comunhão. já passámos além da dor, já passámos além de tudo, já tentámos tantas coisas, em união, mesmo que corresse mal estava tudo bem. porque tu serás sempre tu e nunca ninguém poderá atentar contra isso!

quinta-feira, 19 de março de 2009

em mão.

olha, queres ver?
queres ver o que o tempo nos fez?
o que as horas escuras e gastas nos fizeram?
até mesmo os sorrisos perdidos, falsos e vazios,
até mesmo o medo implícito nos dias que não passaram,
é que até mesmo o amor que juraste ter, uma vez,
para ti tudo era mentira, era simples esquecer,
esquecer os espaços que pisámos juntos,
e para mim era quase impossível nem sequer revê-los.
por isso, tu continuavas aquilo a que chamavas vida,
seguias sempre em frente.
hoje sabes onde estás, no fundo do mais fundo,
assim, eternamente...
para ti ainda tenho um sorriso,
aquele que guardei, não sei se na alma ou no coração,
é para ti,
um dia, tu sabes,
entregar-to-ei em mão.

quarta-feira, 18 de março de 2009

eu sei a resposta

a verdadeira meta estava cortada, desde que soubeste o percurso. não tinhas chegado ao fim ainda mas isso não importava, o teu caminho era aquele. continuo a meio caminho de lado nenhum, porém tu já estás em algum lado. eras a luz, a alegria. eras? és. tinhas a força que faz nascer em mim a coragem. sempre soubeste que era aí que ias chegar, sempre aguardaram por ti, de braços abertos, todos te queriam em todo o lado. tu ias para uns, para outros, estavas em qualquer parte, completavas todos os espaços por onde andavas. às vezes penso que te deram um caminho curto demais, outras vezes acho que os números que te iam saindo nos dados eram sempre os mais elevados e avançavas o que te cabia. afinal a vida é um jogo, ou não é? enfim, o que quero dizer é que sempre ganhaste muito com o que fizeste, talvez seja assim a forma como vivem as melhores pessoas. vou contrariar tudo o que sei, esquecer tudo o que tenho e passar por cima do que não gosto... hoje, sou só eu, aqui. a olhar para ti, sem te ver, estás no fundo dos meus olhos, quando te procuro não te encontro. antes passavas os dias ao meu lado, agora estás dentro de mim, não te vejo. não te escondas. o medo é uma condição inerente à condição humana, e quem sou eu para a tentar contrariar. a tua mão era o meu porto seguro, o lugar fora do mundo onde havia paz. não era como o paraíso que nos mostram todos os dias, era simples, era assim. agora quem me guia para lá?
não respondas, eu sei a resposta :)

domingo, 15 de março de 2009

sempre

"vai à luta, princesa, serena e calmamente"... e eu ia, porque, fosse o que fosse, ao teu lado era mais fácil, sorrir era melhor e chorar até era bom. era com a tua ajuda que os dias ganhavam forma e era ao teu lado que aprendia a ser a mulherzinha que vias em mim.
adoro-te, para lá das estrelas, do céu e de tudo aquilo que a efemeridade do mundo não permite alcançar *

"Nalgum lugar perdido, vou procurar sempre por ti, há sempre no escuro um brilho, um luar. Nalgum lugar esquecido, eu vou esperar sempre por ti"


sempre...

quinta-feira, 12 de março de 2009

luz e calor

dizia olá, bom dia e sorria, talvez fossem estas as coisas que melhor sabia fazer. mas pronto, passando à frente. o sorriso era como o sol matinal, ilumina mas nem por isso aquece, tinha luz mas era frio. sei que o fazia para me aproximar, contudo eu estava cada vez mais distante. eram dez horas da manhã, mas ali, frente a frente era noite cerrada.
sabia que se uma luz não aquece, a sua luminosidade é fraca. mas então começo a sentir o calor, o doce sabor a quentinho, a verão, aos dias de primavera, quando já se adivinha que se vai mudar de estação. não tinha braços, só que eu sentia que uns braços me pegavam e me arrancavam do chão. então sorri, com luz, com calor já não sei. era noite lá fora, fora daquele espaço, no que se encontrava entre os nossos olhos era dia, seria sempre dia até que assim estivéssemos. e assim continuámos, por isso é que existem dias onde a noite não chega para interromper o que só com a luz se pode ver e com o calor se pode sentir.

terça-feira, 10 de março de 2009

amigo :)

as palavras que me saem do coração, os sorrisos que se esboçam pela manhã, mesmo quando nada brilha, as lágrimas que seco com a manga da camisola, a página do livro que passo a soprar, a música que ouço com alegria e até mesmo os chocolates que como com remorsos. estás em tudo, estás lá porque tu já és uma parte de mim, estás lá porque estás sempre comigo, estás lá porque só podias estar lá, comigo, a meu lado, de pé, com um sorriso, embora só te chegue ao ombro, ou mesmo que nem isso, tu estás lá. impecável, magnânimo, único e perfeito. porque tu és assim. porque ninguém é igual a ti. aliás, tu sabes que em toda a tua medida ninguém te pode igualar. é isso que me leva a percorrer os caminhos longos que nos separam, que me levam a esquecê-los, nas horas felizes, nos momentos difíceis.
tudo porque existem coisas eternas, tudo porque uma inês tem sempre um pedro :P

segunda-feira, 9 de março de 2009

saudades, tantas...

Estás sentada no terraço e para ti correm todos os meus rios. Entraste pelos espelhos: mal respiras. Vê-se bem que já não sabes respirar, que terás de aprender com as abelhas. Sobre os gerânios te debruças lentamente. Com rumor de água sonâmbula ou de arbusto decepado, dás-me a beber um tempo assim ardente. Pousas as mãos sobre o meu rosto, e vais partir sem nada me dizer, pois só quiseste despertar em mim a vocação do fogo ou do orvalho. E devagar, sem te voltares, pelos espelhos entras na noite acessa.
Tenho saudades tuas, aliás, terei sempre saudades tuas. É como se os dias corressem depressa de mais mas estão parados, naquele lugar triste e distante que te viu partir. Sorrias porque estavas feliz, e o teu olhar inundava-me por dentro. Mesmo quando estavas quieta, tu te mexias. Ou era eu que via isso pois em ti tudo era possível. Podes estar cada vez mais longe, mas quando te vejo estás cada vez mais perto - a brilhar em cada noite escura, a sorrir em cada dia triste, a festejar em cada dia alegre. Aliás, como sempre estiveste, nas minhas vitórias, nas minhas derrotas, nas minhas lutas e nos meus intervalos!

domingo, 8 de março de 2009

Tempo em que se morre

Respondendo ao desafio da Ana Paula Motta, peguei no livro que estou a ler, melhor, no que tinha na cabeceira, um de Eugénio de Andrade, e abri-o na página 161. Do poema "Tempo em que se se morrer" retirei a quinta frase. Esta é a frase: "Entraste pelos espelhos: mal respiras!"
Todos podem responder a este desafio, é interessante!

quinta-feira, 5 de março de 2009

partilhar

Os amigos amei
Despido de ternura
Fadigada;
Uns iam, outros vinham
A nenhum perguntava
Porque partia,
Porque ficava;
Era pouco o que tinha,
Pouco o que dava,
Mas também só queria
Partilhar
A sede da alegria –
Por mais amarga.


É isto que me faz acreditar que sem nos conhecerem as pessoas nos conhecem, nos descrevem, nos adivinham, nos caracterizam e, por mais que seja sem o saber, acabam por fazê-lo perfeitamente. Ainda agradeço a Eugénio de Andrade os miminhos que são para mim os seus poemas, que tenho colados em vários sitios, que se revelam no meu dia-a-dia!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Serei um pouco suspeita para falar disto, mas gostava que vissem este blog:
http://viverporhoje.blogspot.com/.

segunda-feira, 2 de março de 2009

em mim

Dizias-me que gostavas de poder descrever-me numa palavra, também o gostaria de fazer para ti - só que era impossível encerrar tamanha beleza em apenas uma palavra. Então eu ia vendo o teu sorriso no brilho das estrelas, a tua alegria no eclodir das flores, a tua autenticidade no correr dos rios, a tua dor nas gotas da chuva. E era assim que entravas pela minha vida adentro, encontravas o lugar certo para ficar dentro de mim. Pensava eu poder sorrir sempre assim, sem compromissos mas ao mesmo tempo tão presa a ti. Era como se tudo fosse nosso, quando sabíamos que nada tínhamos. É verdade que eu tinha medo que caísses e eu ficasse sem força para te levantar, mas eu tinha firme a certeza de que entre nós não havia diferenças, éramos iguais, éramos a mesma pessoa. Ainda estão as nossas mãos dadas nas ruas que cruzámos, os abraços que trocámos para acalmar dores maiores, as mensagens que fomos deixando mutuamente no segredo das horas, no passar tímido dos segundos. O que havia entre nós era como um livro, havia sempre uma página a seguir, havia sempre algo mais. O que importava era o agora, o resto não era nosso, não nos pertencia. Eu escrevia todas as manhãs o teu nome no meu coração, não sabia se algum dia ele me poderia trair, pois eu queria estar sempre junto a ti. Eu lia-te nos anúncios, que publicitavam o que nos unia. Eu ouvia-te nas músicas que passavam na rádio enquanto eu assinava mais um dia, enquanto eu preenchia mais um dia. Tu não estavas mas eu via-te ao meu lado no autocarro, naquela rua fria, naquele banco com tantos estilhaços que já nem permitia que nele repousássemos, ainda te via com o teu ar impetuoso a atravessar aquela ponte a pé, sempre no mesmo passo, sempre com a mesma alegria, tu ainda estás naquela mesa onde disseste que tudo ia ficar bem, ainda consigo sentir a textura pouco suave da toalha da mesa com cores escuras que com o teu toque de magia aquecias e colorias, mais - para mim, tu ainda estás com aquele livro aberto, com flores na capa, a ler ao sol, de olhos quase quase fechados, ainda te vejo de braços abertos ao fundo do corredor e ainda tens aquele sorriso aberto com que me protegias do mundo frio e sombrio que, final e infelizmente, conheci no dia em que partiste. Mas agora eu vejo-te nos raios do Sol, no brilho da lua, no horizonte feliz, no pôr-do-sol contente, no nascer do dia retraído… e em mim!! :) *

*

Não sei bem se são as saudades excessivas, acumuladas aos pouquinhos, aqui e ali, que me levam a escrever isto. Mas uma coisa é certa: cada vez que te digo "adeus" é como se fosse a primeira vez. Vejo-te a desaparecer no meu campo de visão e sinto, automaticamente, um arrepio, que me deixa apática, a olhar fixamente o mesmo ponto até que tudo retoma, até porque tu voltas, com a alegria, o mau humor e a protecção que me dás. Voltas sempre! Quando te vejo chegar, ao longe, és a luz. Quando vais és também a luz, mas uma luz nostálgica.
Bem, como tudo na vida, acabo por aceitar que a tua ausência é o que completa o teu sonho, e por acréscimo o meu, e vou acreditando que é assim que tem dizer.
Às vezes nem eu sei se acredito bem nisto. Porém o amor leva-nos a fazer coisas extraordinárias e a chegar a lugares desconhecidos. E eu amo-te, é a única coisa que te consigo explicar. à minha maneira, com o que sou e com o que posso mas amo e muito :) *

eu vi mas...

não agarrei.
E quantas vezes é que nós vimos e não agarramos?

domingo, 1 de março de 2009

rebentar sem explodir

A vida não se faz preencher só por dias bons, só por sorrisos e não sei mais o quê. Os dias podem parecer muito enormes, mesmo quando no fundo têm sempre a mesma duração que todos os outros. Há dias em que: aprende-se a calar a dor, a ternura, o rubor o que sobra de paixão. aprende-se a conter o gesto, a raiva, o protesto só que também há um dia em que a alma nos rebenta nas mãos... e depois? Que se faz? O mundo não espera que tudo fique bem, que tudo fique normal, para depois seguir. Isso é nos filmes, quando alguém cai o mundo estaciona e todos esperam alegremente que, aquele que caiu, se levante. E quando temos de sair do filme?

Enfim, coisas...

que eu completo com este pouco de música:

Yesterday was easy - happiness came and went. I got the movie script but I don't know what it meant.