Acerca de mim
- pinguim
- "Com pequenas variantes, era um dia como todos os outros, até que bateste levemente na porta e inundaste a minha sala com a água clara dos teus olhos e salvaste a minha vida com um filtro mágico do teu sorriso e acendeste o mundo com o outro da tua trança semidesfeita e disseste, venho saber no que posso ajudá-lo, o meu nome é Inês."
sábado, 5 de setembro de 2009
m i m u c h a
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Não nos perderemos (L) *
Tu, que serás sempre a minha pequenina, deixa-me contar-te uma história. Prometo que me calo, mas primeiro deixa-me falar. Foi difícil fazer-te entrar na minha vida. Eu resistia e tu também. Durante algum tempo, eu afastei-te. Isso não foi um problema para ti, tu também me afastaste. “Recordo aquele acordo, bem claro e assumido”, feito pela Web, nunca longa mas curta distância que se punha entre nós – nunca nos iríamos deixar. No momento achaste que foi da boca para fora, eu também. Não acreditei quando começámos a dar passos juntos, nos almoços, nos livros, na tal mesa, do café de sempre. Tu marcaste a minha vida. Era estranho para mim ver-te tão presente em aspectos tão peculiares da minha vida. EU não reparei, tu também não – éramos a melhores amigas. Eu dei-te a mão no meio da chuva, tu tiraste a chuva da minha vida. Nada caía no ridículo perto de ti. Tudo tem um sentido, foi assim que me ensinaste. Pensei que quando os nossos caminhos prosseguissem com metas diferentes seria impossível continuar do teu lado. Eu não queria que tudo voltasse a ficar como antes. E não ficou, quanto mais estrada nos separava, mais os nossos corações se aproximavam. Quando mais distantes nos encontrávamos, mas confiança uma na outra depositávamos. Aquelas coisas asquerosas que só perto de ti fazem sentido, aqueles risos deficientes, que me deixam com aquele sorriso que odeio ver nas fotos, mas que adoro ter a sensação… nada disto pode fazer sentido se não puser muita “Maria Miguel” nos apartes. E eu amo-te, ainda me sobra muita paciência, ainda a tenho toda aliás, para te esperar no fim de um dia cansado, ainda sei todos os teus lugares, sabê-los-ei sempre, eu sempre “see the world throught you”, serás sempre o anjo que chegou quando eu tanta vez disse “waiting on na angel”.
Sabes, aquela sensação de que podem vir milhões de pessoas à nossa vida, mas tu jamais imaginas que alguém ocupe o lugar de alguma pessoa em questão. Tu és essa pessoa. Tu és especial. E nada nos vais afastar porque já não somos duas pessoas, somos uma só quando estamos juntas. Eu sou tu quando falo de ti, tu és eu quando falas de mim. Nos defeitos e nas qualidades aprendemos a completar-nos.
“amigas para sempre é o que nós iremos ser, na primavera ou em qualquer das estações, nas horas tristes, nos momentos de prazer, amigas para sempre” (L) *
chão
Sem nenhuma razão patente.
E tu segues o caminho que te mostra,
Também sem um fundamento evidente.
Não te importas que ele possa parar,
Dir-te-á sempre como terás de continuar.
Sim, essa é a senda que sempre precisaste de encontrar.
Ele pede para que não te escondas atrás dos arbustos,
Nem que te percas com a beleza das paisagens.
Tu sabes que tal não vai acontecer,
É a alegria que te chama a caminhar,
É o amor que te impele a continuar.
Assim, tu vais!
Com o sorriso no coração,
Uma força que transborda os limites da razão,
Que te prende e te leva,
Ao longo deste chão.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Sortilégio
Eu percorria com os olhos todos os cantos
De um parque redondo.
Com uma pressa estonteante,
Um medo de me encontrar no mesmo sitio,
Sem que tenha observado o teu semblante.
Então todo o meu corpo irá sucumbir,
Os meus braços não terão a força que preciso.
Basta que tu chegues com esse jeito gelado
De quem já há muito está despojado.
No fundo, encontro ainda um pouco de ternura,
Que sobrou do tempo,
Que a alma não corrompeu.
É aí que me puxas bruscamente para ti,
Que aqueces este meu mundo.
Tudo acaba assim,
No entusiasmo deste nosso sortilégio.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Eu tivesse entrado sem medo:
Aberta era um convite,
Fechada era o fim da meta.
O sol brilhava e tudo convidava,
Cheira a primavera,
Ao doce quente que há anos não sentia,
No fundo do corredor vi-te,
Sempre a sorrir.
O mundo todo descia aos teus pés,
Tudo para me fazer lembrar toda a tua magia.
E eu sorria, chorava e dançava com o vento,
Que corria e levava esta alegria
De estar aqui neste dia.
Tu viraste as costas e seguiste o teu caminho.
Nenhum caminho é longo demais quando se quer caminhar.
Então vai mas volta.
Traz de novo a alegria que senti neste momento,
Dessa forma sem precedentes,
Simplesmente singular.