Prometi a mim mesma que um dia iria conseguir deixar registado em qualquer lado o quanto isto tudo me deixa confusa. Prometi que agarraria as palavras, que as colocaria de uma maneira tão perfeita que nenhuma duvida restaria acerca de todas as coisas que eu não entendo. Sempre julguei que esse seria o momento em que toda a vida se clarificaria, ou porque a mensagem era bem clara ou porque tu me saberias ver para além das palavras e, assim, todo esse esforço era em vão. Acreditei que isto seria possível, não sei quanto tempo, não tenho noção. Talvez tenha sido um curto espaço de tempo, poucas horas mas muito densas e por isso perdi a noção.
É um pouco desconexo tudo o que deixo aqui escrito. É confuso ligar me a alguém como tu. A alguém que desconhece os próprios riscos, que não anda em caminhos seguros, que testa os próprios testes da vida e que arrisca tudo o que tem. Alguém que anda para trás, que roda vezes sem conta no mesmo sítio. Porém, uma mente brilhante, um ser com esperteza e a garra suficiente para concretizar os sonhos, os destinos ansiados. És alguém que não entendo muito bem.
Pergunto a mim própria coisas acerca da tua maneira de ser, solta e leve mas ao mesmo tempo tão pesada que me prende os sentidos, que me amarra e deixa parada na no escuro ao qual tantas vezes receámos chegar, ou pelo qual passámos e tivemos a coragem de não parar.
Não sei por qual razão prometi a mim mesma coisas que não irei realizar. Contudo, quando te vejo, quando te olho nos olhos e quando são eles que de uma forma simples unificam todo o brilho do meu universo, eu vejo que me conheces, para além destas palavras que escrevo, para além das dúvidas, das incertezas, das perguntas sem resposta.
1 comentário:
Mundança muito original, parabéns.
Texto espectacular, blogue espectacular, adoro a tua maneira de escrever.
Continua com essa tua alegria de viver.
Beijinho para ti e para o novo membro da familia:) *****
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