O dia ainda mal começara e já tinha ficado cinzento. A preguiça e o sono descoloraram logo um dia solarengo, sim, porque lá fora o sol brilhava. Isso não pode ser tudo. Ainda não saíra do quentinho dos lençóis e já sentia o frio da rua, por mais quente que estivesse. Era preciso puxar o lençol, dar um pulo da cama e mergulhar a cara quente num pouco de água fria. Para lá das paredes há um mundo alheio a tudo isto que se vive em dois lados de um corredor, um mundo que, enquanto estiver entre o quarto e a casa de banho, vou fingir não existir. Respiro um pouco mais fundo para fazer aquele esforço colossal que me colocará de pé.
Perco a coragem mesmo antes de começar a controlar o meu cérebro para isso. Só que é já tão habitual esta sequência, desde que abro os olhos, que quando dou por mim estou com a mão no puxador da porta.
Inspiro novamente.
Acordo, finalmente, e entro nesse mundo tão alheio.
Sorrio.
Bom dia!
Perco a coragem mesmo antes de começar a controlar o meu cérebro para isso. Só que é já tão habitual esta sequência, desde que abro os olhos, que quando dou por mim estou com a mão no puxador da porta.
Inspiro novamente.
Acordo, finalmente, e entro nesse mundo tão alheio.
Sorrio.
Bom dia!
3 comentários:
e foi assim uma manhã em odivelas !
às vezes há dias em que custa mais largar os lençóis aquecidos por nós, mas tu consegues pôr a mão no puxador da porta e sair de casa sempre com esse sorriso :)
meu pinguim, amo-te *
Ha dias em custa mesmo sair da cama!
Hey, muito obrigado pelo comentário :) Ainda bem que gostaste do texto e da música ehehe
Eu também gostei muito do teu texto, já que me revi muito nele. Tantas vezes que eu ignoro o mundo lá fora durante uns instantes, coberta pelos lençois e os cobertores, por me sentir bem e protegida :)
Beijinho*
Enviar um comentário