
You don’t understand me now, I wonder if you ever will, I wonder if you’ll ever try. Don’t get sad about all the strange thing I wrote they faded as the ink dried…
I'm sure you tell me something new...
I can see the world through you *
Começamos a deixar de dar significado às coisas que realmente importam. Nada somos, nada mais que uma pessoa qualquer. Damos grandes passos, todos eles sem firmeza, resultando sempre deles a queda, a desgraça e a humilhação. Se ao menos tentássemos ser mais nós próprios e não uma máquina programada para a sociedade que, irreversivelmente, habitamos. Deixamos de gostar do que nos faz bem para nos acomodarmos ao que facilmente chega até nós, esquecendo que isso não terá qualquer valor. Esquecemos quem amamos, para julgáramos amar quem quer mudar a nossa vida de uma forma cruel. Não nos lembramos mais dos bons momentos, dos sorrisos que tivemos, dos passeios que fizemos, dos abraçamos que demos. Já nem sequer queremos saber daqueles que nos deram a mão quando tanto foi preciso. Chegamos à altura da nossa vida em que, se pensarmos bem, não nos resta nada, apenas a vergonha daquilo que somos ou, quem sabe, a vergonha de não sermos quem desejaríamos ser. Neste momento vemos que a essência da vida somos nós mesmos e que, de inicio, nada mais temos se não a nossa vida, uma vida que temos de dar ao mundo. Não podemos esquecer os nossos caminhos, nem quem queremos que caminhe connosco. Temos de saber guardar tudo o que passamos com essas pessoas que caminham connosco para, quando precisarmos, termos alguma desculpa para termos grandes forças. Assim deixamos de ser uma máquina para ser um ser humano com sentimentos e momentos, que ninguém pode tirar.
Amo-te tanto inha Filipa. Há pouco tempo é que aceitei que tinha de te ter longe para te ver um pouco mais feliz.